[oleo-l] Res:Re: Pinhão-Manso

Paula Novaes xuxureca em hotmail.com
Quarta Junho 13 10:50:54 BRT 2007


por favor,
poderiam me dizer quem é Liv, o pesquisador repeitável em Pinhão-Manso?

Obrigada
Paula Novaes
Laboratório de Fisologia Vegetal
Universidade Federal de São Carlos


>From: "Felipe Binhardi de Aguiar" <felipe em petrobio.com.br>
>To: "Jorge Gerônimo Hipólito" <hipolitojgh em yahoo.com.br>
>CC: oleo-l em rumba.ufla.br
>Subject: Re: [oleo-l] Res:Re: Pinhão-Manso
>Date: Sun, 10 Jun 2007 21:58:50 -0300
>
>Prezado Jorge Gerônimo Hipólito,
>
>Respeito muito sua posição em favor do pinhão-manso e da agricultura
>familiar, mas acredito que alguns conceitos não estão exatamente certos.
>
>Em primeiro lugar, não será o agricultor familiar quem produzirá o
>biodiesel. O programa nacional prevê que o agricultor familiar produzirá a
>matéria-prima para o biodiesel, e não o biodiesel, propriamente dito. Esse
>pequeno agricultor só conseguirá ser produtor de biodiesel se estiver
>organizado em cooperativas ou associações, senão será produtor agrícola, o
>que não resultará em um êxodo urbano, como citado, pois esse agricultor só
>terá boa renda se realmente for AGRICULTOR, não dono de uma terra onde se
>planta alguma coisa, são coisas diferentes. O fracasso da reforma agrária 
>no
>Brasil é exemplo disso. Não basta dar a terra, tem que saber plantar, e
>saber o que plantar.
>
>Não adianta o pequeno agricultor investir em uma cultura não domesticada,
>como o pinhão manso, e correr o risco de toda sua colheita pegar uma praga,
>e ficar sem a renda, e tão logo sem a terra. Ninguém sabe o que é real ou o
>que é ilusão no pinhão manso, a única certeza é que ele é uma promessa. E
>não passa disso, promessa! No inicio do programa de biodiesel, falava-se
>muito da mamona, e muitos produtores queimaram mamona nas ruas, por falta 
>de
>compradores. Será o pinhão manso a cultura ideal para o biodiesel? Ou será
>mais uma mamona?
>
>Não sou contra o pinhão manso, mas não acho que ele é a salvação para o
>biodiesel ou para o pequeno agricultor. O Liv é um ótimo pesquisador e 
>muito
>respeitado, e está muito correto no que ele afirmou. O pinhão manso não é
>uma cultura domesticada, deve ser utilizado com ressalvas.
>Qualquer dúvida entre em contato.
>
>Atenciosamente,
>
>Felipe Aguiar
>Diretor Comercial
>Petrobio Biodiesel
>(19) 3402 1118
>(16) 9196 9275
>
>
>Em 10/06/07, Jorge Gerônimo Hipólito <hipolitojgh em yahoo.com.br> escreveu:
>>
>>  Caríssimos,
>>
>>
>>
>>
>>
>>Eu sou favorável ao desenvolvimento da "agricultura familiar" e, nesse
>>sentido acredito que o investimento na produção do biodiesel a partir do
>>pinhão manso, poderia nos conduzir ao êxodo urbano, isto é, haveria
>>possibilidade de se inverter o êxodo rural, ocorrido a partir da década de
>>cinquenta, do século vinte, óbvio! Por isso quero acreditar muito em cada
>>participante dessa lista de discussão, pois vislumbro a possibilidade de
>>influenciarmos o governo a empreender nesse sentido, uma vez que 
>>culminaria
>>na melhoria da qualidade de vida e atenderia em parte a demanda do 
>>emprego.
>>
>>
>>
>>*Jorge Gerônimo Hipólito*
>>
>>------------------------------
>>
>>
>>
>>Embrapa avalia potencial do pinhão manso para biodiesel
>>
>>- Fonte: Embrapa
>>
>>segunda, 23 abril 2007
>>
>>O óleo produzido a partir da semente de pinhão manso é semelhante ao do
>>diesel extraído do petróleo. As propriedades encontradas no biocombustível
>>atendem às especificações que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) para o
>>petrodiesel.
>>
>>
>>
>>Esta qualidade destaca a espécie para integrar o time de plantas
>>oleaginosas que irão compor o programa de produção de combustível vegetal 
>>na
>>região seca do Nordeste. É uma planta de grande potencial, assegura o
>>pesquisador José Barbosa dos Anjos, da Embrapa Semi-Árido.
>>
>>
>>
>>Diante do regime irregular de chuvas do sertão nordestino o pinhão manso
>>tem uma vantagem única dentre outras plantas oleaginosas: é a única com
>>ciclo produtivo que se estende por mais de 40 anos. A mamona, que produz 
>>um
>>óleo essencial com uso em mais de 400 produtos da indústria química, 
>>precisa
>>ser replantada a cada um ou dois anos – a depender da quantidade de 
>>chuvas.
>>
>>
>>
>>O pinhão também se adapta bem a solos de pouca fertilidade, bastante
>>comuns na região. O rendimento do óleo na semente do pinhão é de 30 a 40% 
>>-
>>abaixo da mamona, que pode render algo entre 45% e 50%. No entanto, como o
>>agricultor não terá necessidade de plantar novamente a cultura por mais de
>>40 anos, o custo de produção fica bastante reduzido. Estas características
>>favorecem sua produção em escala de grande produção quanto a das pequenas
>>propriedades dos agricultores familiares, ressalta o pesquisador Marcos
>>Antonio Drumond, da Embrapa Semi-Árido.
>>
>>
>>
>>Convivência e negócios – Atualmente, ao lado da mamona, há uma forte
>>demanda da iniciativa privada e de instâncias dos governos federal, 
>>estadual
>>e municipal por informações acerca do sistema de produção do pinhão nas
>>condições de sequeiro do Nordeste. Em Jacobina, 350 km de Salvador (BA),
>>está em fase de instalação um projeto que prevê implantar 1000 ha desta
>>oleaginosa para fins de produção de óleo combustível.
>>
>>
>>
>>Em outro empreendimento privado, a empresa Biodiesel do Vale do São
>>Francisco, sediada em Petrolina, a 750 km de Recife, irá processar 
>>biodiesel
>>a partir de mamona e pinhão manso. Esta empresa é recém adquirida pelo 
>>grupo
>>português, que atua no setor energético. Na área pública, a Petrobrás 
>>estuda
>>o uso da planta em usina que pretende instalar na cidade mineira de Montes
>>Claros com capacidade de processar até 40 milhões de litros por ano.
>>
>>
>>
>>Com um olho na convivência com o semi-árido e outro na participação dos
>>agricultores familiares no programa do biodiesel do Governo Federal, a
>>prefeitura do município baiano de Andorinhas, acerca de 400 km de 
>>Salvador,
>>também avalia seriamente o emprego do pinhão manso num projeto de
>>diversificação produtiva para pequenas propriedades de 2 ha. A oleaginosa
>>deverá ser plantada em consórcio com uma forrageira (capim bufel) em áreas
>>onde o solo não é adequado para o cultivo da mamona. A prefeitura quer
>>aumentar a capacidade suporte alimentar para os rebanhos caprinos, que são 
>>a
>>base da economia do município, e estar em condições de integrar 
>>iniciativas
>>de produção de biocombustíveis, afirma o Técnico em Agropecuária Sivaldo 
>>da
>>Silva Gomes, da prefeitura.
>>
>>
>>
>>Pesquisa – Para Marcos Drumond se assiste hoje, de certa forma, uma
>>corrida pelo cultivo de pinhão manso no semi-árido. Ele, contudo, salienta
>>que as pesquisas com a planta na região ainda são bem recentes e é preciso
>>ser prudente e buscar as informações técnicas já disponíveis para que não 
>>se
>>venha a montar sistemas de produção insustentáveis. Os pesquisadores da
>>Embrapa estão realizando testes com a cultura em campos experimentais dos
>>municípios de Petrolina (PE), Araripina (PE), Senhor do Bonfim (BA) e 
>>Nossa
>>Senhora da Glória (SE).
>>
>>
>>
>>Testes conduzidos em área do Escritório de Petrolina da Embrapa
>>Transferência de Tecnologia apontam a possibilidade de uma safra de 
>>200-250
>>kg por hectare já aos primeiros 6-7 meses após o plantio. É um resultado
>>surpreendente, afirma Marcos. Em registros de produção de países como 
>>Índia
>>e Tailândia, onde o pinhão manso é utilizado para processamento de
>>biodiesel, a colheita do pinhão se dá apenas um ano após o cultivo e
>>alcança, no quarto ano a estabilidade de produção em torno de 1000 a 2000
>>kg/ha.
>>
>>
>>
>>Marcos acredita que produção no semi-árido deve atingir esta marca também.
>>E, afirma, como o agricultor só vai precisar investir uma vez na 
>>implantação
>>da cultura, é um índice de produtividade que pode ser considerada 
>>excelente
>>nas condições do regime de chuvas irregular do semi-árido nordestino,
>>destaca o pesquisador. Sob irrigação, o pesquisador estima que safra por
>>hectare pode chegar a dobrar (2000 a 4000 kg/ha).
>>
>>
>>
>>Colza – O pesquisador José Barbosa dos Anjos destaca outra importante
>>qualidade do pinhão manso. Segundo ele, o óleo da semente desta planta é
>>parecido com o da colza, uma variedade de couve e da mesma família da
>>canola, e que é muito usado na indústria química da Europa.
>>
>>
>>
>>
>>http://www.pinhaomanso.com.br/noticias/jatropha/r1_embrapa_avalia_potencial_pinhao_manso_biodiesel_23_04_07.html
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