[oleo-l] biodiesel X energia

mary ribas mrr_ribas em hotmail.com
Terça Junho 19 17:33:50 BRT 2007


Podem me informar o que houve com o grupo. Fico no aguardo. Sds. Até.


>From: "Instituto Serrano Neves" <serrano em serrano.neves.nom.br>
>Reply-To: oleo-l em rumba.ufla.br
>To: oleo-l em rumba.ufla.br
>Subject: Re: [oleo-l] biodiesel X energia
>Date: Sun, 17 Jun 2007 08:57:04 -0300
>
>Formação do COMITÊ DA BACIA DO ALTO TOCANTINS
>http://www.serrano.neves.nom.br/conBSB/conBSB.htm
>
>Prezado José Antônio
>e demais colegas da lista,
>
>ontem (sábado) pela manhã ministrei um mini-curso de Responsabilidade 
>Sócio-ambiental e não me foi estranho que a totalidade dos presentes nunca 
>tivesse lido os 10 primeiros artigos da Constituição da República dos quais 
>emergem a função social da propriedade.
>
>Comecei o desenvolvimento em sócio-ambientalismo a partir das 
>"environmental commodities" e esbocei um modelo de participação nas cadeias 
>produtivas, substitutivo do modelo de figuração como elemento de produção. 
>Algo assim como o Sr. Antônio Ermírio passando de carro na rua e 
>reconhecendo e cumprimentando os catadores de latinha de alumínio.
>
>Realmente um sonho, mas um caminho possível.
>
>O grande nó que enfrentei - e enfrento - é o tal do "modelo de negócio".
>
>Não sou contra o capital e o lucro, antes, sou tão a favor que caminho para 
>finalizar o trabalho sobre "ativos e passivos sócio-ambientais" como modelo 
>patrimonial para as empresas lidarem com a função social da propriedade sem 
>temor de perdas e com ganhos reais, ou seja, não crio conflito com o 
>"modelo de negócio", apenas sugiro um mecanismo de formalização de práticas 
>correntes de responsabilidade empresarial ainda atreladas ao marketing.
>
>A única "novidade" é a forma de gestão privada de patrimônio público. Não é 
>terceirização, não é parceria público-privada, nem delegação. É 
>simplesmente a expressão constitucional da função social da propriedade.
>
>Difícil, muito difícil, pois os parceiros de desenvolvimento dos quais 
>necessito para dar credibilidade técnica na área de economia e finanças são 
>aferrados ao "modelo de negócios", e não consigo concluir a parte do 
>balanço e dos fundos de participação.
>
>Há um novo "modelo de negócio" no biodiesel, mas não penso em uma economia 
>marginal para os pequenos, e sim em uma economia agregada para aqueles que, 
>dentro do clássico "modelo de negócio" são destinatários naturais apenas 
>dos benefícios ou assistência que os impostos arrecadados com o novo modelo 
>possam gerar.
>
>Recebi, faz  uns minutos, dois textos de jornais ingleses que retratam o 
>declínio do ensino e o crescimento do assistencialismo, com o resultado de 
>sobrecarga no sistema produtivo na forma de aumento dos impostos, e isto, 
>vendo o Brasil, me parece ser resultado do "modelo de negócio".
>
>Dai a minha insistência em que a economia do biodiesel pode contribuir para 
>a economia agregada dos pequenos, principalmente para atender à 
>desconcentração urbana conforme os estudos de Folke Gunther (Human Ecology 
>- Ruralisation, em http://www.holon.se/folke/index.shtml).
>
>Saudações sócio-ambientais
>Serrano Neves
>serrano em serrano.neves.nom.br
>
>Amigo do Lago da Serra da Mesa
>http://www.serrano.neves.nom.br
>
>
>
>------------- Segue mensagem original! -------------
>
>De: José Antonio Dermengi Rios <rios em fea.unicamp.br>
>Data: Sat, 16 Jun 2007 09:27:46 -0300 (BRT)
>Para: oleo-l em rumba.ufla.br
>Assunto: Re: [oleo-l] biodiesel X energia
>
>
>Prezado Colega Serrano Neves
>Saudações sócio-ambientais,
>Prezados demais colegas,
>
>Os biocombustíveis deverão ser sempre importantes, mas na forma
>atual  representam apenas mais um item na economia do Carbono até a
>chegada da economia do Hidrogênio.
>Atualmente consistem numa troca de 6 por meia dúzia, fóssil por
>agrícola, sem necessidade de investimentos nas novas tecnologias do
>H2, uma manutenção dos padrões atuais da indústria de automóveis com
>seus motores a combustão interna. Mais detalhes no estudo do MIT
>publicado como livro em: A Máquina que mudou o mundo.
>Para o Brasil resta ter de definir quais, quanto e onde investir
>recursos neste novíssimo e inédito agronegócio.
>Um dos resultados será degradar o meio ambiente, inclusive
>antrópico, pra ficar com as migalhas de um produto primário de pouco
>valor agregado.
>Finalmente, o modelo de negócio do biodiesel depende da resposta à
>questões como:
>1. Existe alguma cooperativa no agronegócio óleo ou ela é
>completamente dominada por transnacionais como Cargill?
>2. Existe algum micro ou pelo menos médio produtor de álcool ou são
>todos conglomerados e trasnacionais?
>3. Existem casos comprovados no Brasil de agricultores familiares de
>subsistência que se cooperaram e hj são concorrentes no mercado?
>
>Abraços e sucessos!
>Prof. Dr. José Antonio Dermengi Rios
>cel.: +55-19-9112.8002
>
>
>Comentário aos e mails do Dr Serrano
>1. Não há evidências de que 2% venha a ser um padrão de crescimento
>no uso do biodiesel, nem se 2% é bom ou ruim, imaginário ou
>fictício.
>2. Não há nenhuma evidência de que, quem decide sobre os futuros do
>planeta, considere a análise da questão do uso de combustíveis (e
>outras energias)em função da carga que a humanidade exerce sobre o
>planeta.
>3. Embora o consumo de recursos não renováveis tem um fim e o
>consumo de recursos renováveis tem ciclos de renovação que desafia
>os tempos humanos, não é este o caso da maioria dos recursos
>renováveis de pedra a ouro, passando pelo petróleo, mas sobre o qual
>existe uma série de hipóteses como a Hubert. Não esqueça do alerta
>de Lord Keynes: no futuro todos estaremos mortos por isso pensemos
>no agora e no curto prazo de nossas vidas.
>Para minha surpresa li matéria nesta sexta no Valor Econômico dando
>conta de que há mais de um século de petróleo viável dentro da
>economia atual nas reservas de xisto dos EUA bem como no Brasil que
>tem uma das maiores reservas de xisto do mundo, tudo isso a um custo
>ambiental enorme, mas veja item 1 acima.
>4. Concordo com V. Sa. de que a maior verdade em questão é que a
>mudança do combustível fóssil para o renovável pouco resultado
>produzirá - ainda que realizada na totalidade - se não forem mudados
>os padrões de consumo, mas isto não significa parar de consumir, mas
>produzir menos energia degradada.
>Para se ter uma idéia:
>- o lixo urbano produzido pelos seres humanos varia de 0,7 até 1,5
>kg, dependendo do padrão de consumo.
>- apenas <1% do total é água doce disponível, embora precisemos de
>2.000 metros cúbicos por pessoa/ano.
>- 26 países, abrigando 250 milhões de pessoas, já foram oficialmente
>declarados pela ONU como áreas de escassez crônica de água.
>5. Gostaria de receber uma cópia do "Consenso da América Latina"
>apresentado na IV Bienal Internacional de Estudos Avançados sobre
>Energia, que aconteceu na FEA-UNICAMP em 2004, sobre o qual
>deconhecia a importância mesmo sendo professor da FEA.
>
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