[oleo-l] Pinhão Manso
virgilio rocha
rochavirgilio em gmail.com
Terça Junho 19 15:05:12 BRT 2007
que pena que o tal grupo desmantelou-se...
Mas ainda podemos dar boas risadas
No site www.jornalcopacabana.com.br, acontece, academia da cachaça, clique
nas duas primeiras
fotos, estão linkadas para um filme do Chico Caruso imitando o Lula, falando
do etanol, hilário... imperdível.
Em 15/06/07, Instituto Serrano Neves <serrano em serrano.neves.nom.br>
escreveu:
>
> Formação do COMITÊ DA BACIA DO ALTO TOCANTINS
> http://www.serrano.neves.nom.br/conBSB/conBSB.htm
>
> Ao que aparenta a coisa funciona em Portugal: http://biocar.com.sapo.pt/
>
> Na Alemanha também:
> http://www.elsbett.com/pt/questoes-fundamentais/politica-energetica-global.html
>
> Em algum lugar do Brasil com certeza:
> http://dsmm.cati.sp.gov.br/oleo_girassol.html
>
> e com utilidade prática: www.fendel.com.br
>
> O avô da coisa não era tonto, só foi atropelado pela "cadeia econômica do
> combustível".
>
> "O uso de óleos vegetais para combustíveis de motores hoje é
> insignificante. Mas podem se tornar, com o tempo, um produto tão importante
> quanto o petróleo e o carvão são hoje". Rudolph Diesel, 1912.
>
> Deveras, meus 50 anos de ouvir falar e nada ver acontecer, me autorizam a
> dizer que se algum brasileiro inventar o motor que queima água, os problemas
> derivados da queima direta da água serão resolvidos com a criação da
> "bioágua aditivada" a ser produzida em imensas destilarias.
>
> Risos
>
> Coisa de País ainda emergente, como mostram as estatísticas que ocupam os
> extremos da faixa: PIB lá encima e IDH lá embaixo, como apregoa Paul Singer
> (pobreza hereditária) e cantam "As meninas" (... o de cima sobe e o de baixo
> desce ...)
>
> Continuo apostando que serão encontradas as oleaginosas que produzam a
> melhor relação entre a queima e a produção local, vez que não falta
> competência na EMBRAPA.
>
>
> Saudações sócio-ambientais
> Serrano Neves
> serrano em serrano.neves.nom.br
>
> Amigo do Lago da Serra da Mesa
> http://www.serrano.neves.nom.br
>
>
>
> ------------- Segue mensagem original! -------------
>
> De: Jorge Gerônimo Hipólito <hipolitojgh em yahoo.com.br>
> Data: Fri, 15 Jun 2007 10:19:26 -0300
> Para: <oleo-l em rumba.ufla.br>
> Assunto: [oleo-l] 0705910897
>
>
>
> CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O PINHÃO MANSO ( Jatrofa curcas L. ) E A
> NECESSIDADE URGENTE DE PESQUISAS , DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÕES
> TECNOLÓGICAS PARA ESTA PLANTA NAS CONDIÇÕES BRASILEIRAS.
>
> NAPOLEÃO ESBERARD DE MACÊDO BELTRÃO PESQUISADOR DA EMBRAPA , BOLSISTA
> DO CNPq , PROFESSOR COLABORADOR DA UFPB.
>
>
>
> Como já é do conhecimento de toda sociedade brasileira , estamos vivendo
> na atualidade uma grande e possivelmente duradoura transição energética em
> todo mundo , que hoje é quase totalmente dependente do petróleo e do carvão
> mineral , dentro da atual malha energética, a iniciar pela agricultura que
> modernamente é definida como sendo a "Ciência capaz de transformar petróleo
> em alimento e fibra " , sendo que somente no nosso pais , por ano ,
> gastam-se cerca de seis bilhões de litros de diesel diretamente na
> agricultura , dos 40 bilhões consumidos, dos quais 30 % importados . Devido
> a dimensão continental do nosso pais , e da sua diversidade de clima e de
> solos , estima-se que se tenha aqui mais de 200 espécies de oleaginosas com
> potencial para produzir óleo para ser fonte de matéria -prima para a
> produção de biodiesel ( energia ) , o que é uma grande vantagem e ao mesmo
> tempo uma dificuldade , pois para cada agronegócio temos que ter toda a
> cadeia funcionando em sincronia . Para as condições do semi-árido
> brasileiro , que representa cerca de 70 % do território Nordestino ( 18 %
> da área territorial do pais ) , tem-se algumas opções , tanto para cultivo
> de sequeiro , quanto para cultivo irrigado , com destaque para a mamona (
> Ricinus communis L. ) , o algodão herbáceo , entre outras. Recentemente , a
> pouco mais de três anos , surgiu o interesse pelo pinhão manso , que tem a
> vantagem de ser perene , possivelmente nativo daqui do Brasil , e com
> possibilidades de ser mais uma alternativa para a produção de óleo de boa
> qualidade para a produção sustentável de biodiesel no nosso pais. No
> mundo todo , existe pouco conhecimento sobre esta planta , cujo gênero tem
> mais de 170 espécies , sendo a mais importante a Jatrofa curcas L. e
> somente nos últimos 30 anos é que foi iniciando estudos agronômicos sobre a
> mesma , sendo ainda não domesticada ( SATURNINO et al. 2005 ) . como tudo
> que surge como novidade e possível alternativa , desperta grande interesse ,
> por pessoas que nem da áreas do agronegócio são
> e surge também muitas informações não confiáveis e até distorcidas , como
> produtividades elevadas , superiores a 12 t / hectare , muito elevado teor
> de óleo , entre outras. Para Heller ( 1996 ) ha referencias de até 8,0 t /
> há , porem na aridez , tem-se citações de produtividades entre 200 a 800 kg
> de sementes / há . Fazendo-se um breve levantamento do que já foi gerado e /
> ou adaptado para o pinhão manso aqui no Brasil , que nem se quer tem
> estatísticas internacionais , com dados de produção , produtividade , teor
> de óleo , etc , obtidos em cada pais produtor , percebe-se que há muito o
> que fazer em termos de Pesquisa , desenvolvimento e inovação tecnológica (
> P&D&I ) , e que ha a necessidade de investimentos em pesquisa. Não se
> conhece quase nada da bioquímica da e fisiologia desta planta , e até
> alguns aspectos agronômicos devem ser melhor investigados , pois ela tem
> elevada variabilidade natural , possuindo grande diversidade genética com
> polinização preferencialmente entomófila , podendo ter possivelmente elevada
> alogamia. Não existe cultivares definidas e há a necessidade urgente da
> definição , depois de escolher e caracterizar matérias promissores , de
> definir os passos tecnológicos para a composição de pelo menos dois sistemas
> de produção para esta cultura , um para condições de sequeiro no semi-árido
> e outro para condições de irrigação. Trata-se de uma espécie caducifólia , e
> apesar de resistente a seca , pode ter a produtividade comprometida , em
> regiões com precipitações pluviais abaixo de 600 mm / ano ( HENNING , 2005 ,
> citado por SATURNINO et al . 2005 ) , o que freqüentemente ocorre no
> semi-ardo brasileiro. Nos dois trabalhos de revisão de literatura
> nacionais mais recentes sobre a cultura do pinhão manso , que são os de
> Arruda et al . 2004 e Saturnino et al. 2005 , observa-se que não existe nada
> ainda definido sobre a viabilidade desta cultura e também sobre um sistema
> de cultivo ideal tanto para as condições de sequeiro , dependente das
> chuvas , quanto irrigadas , pois até a populaç
> ão de plantas ideal e a configuração de plantio ainda não estão bem
> definidos . Não temos ainda o seu zoneamento ou ordenamento territorial , e
> alguns autores como Cortesão ( 1957 ) afirmam que o ótimo ecológico dela em
> termos de altitude é entre 500 a 800 metros , e que requer boa umidade
> relativa do ar para seu pleno crescimento e desenvolvimento. Sabe-se que não
> ha tempo para perder e é até louvável as ações pessoais e
> até institucionais , de órgãos governamentais e privados para se ter o
> pinhão manso como a grande opção para o semi-árido em termos de fornecedor
> de matéria -prima para a produção de biodiesel , com fomento para produção
> de sementes e mudas aos milhões , porem temos que ter cuidado e fazer uma
> planejamento estratégico sobre o assunto , pois é um cultivo perene que , em
> outros paises , somente passa a ser econômico a partir do quarto ano de
> exploração , tem uma torta que apesar de rica em nutrientes , tem elevado
> teor de lignina , em media 14,25 % com relação ao peso da semente ,
> substancia química de natureza complexa e de difícil digestão até por
> ruminantes , sendo um polímero de fenil propano , e associada a celulose
> , constituinte básico das paredes celulares dos vegetais. Na atualidade
> tem-se vários estudos em andamento em vários paises do mundo , como China ,
> Índia , e o pinhão manso tem floração descontínua , com frutos na mesma
> inflorescência de idades diferentes , níveis de deiscência ainda não
> totalmente estudados e outros aspectos como outras aplicações do seu óleo ,
> pois não é comestível ,considerando humanos e não substitui o óleo da mamona
> , em nada na ricinoquímica e não é solúvel em álcool , como o caso do da
> mamona . Em alguns Estados do Nordeste já se chegou ao cúmulo de tencionar
> substituir a mamona pelo pinhão manso , sem se ter a mínima informação
> tecnológica desenvolvida e validade para a região. Temos que ter paciência e
> investir em ciência e tecnologia na cadeia do pinhão manso , que nem se
> quer tem preço definido no mercado e a garantia de comercialização.
> É preciso que se tenha, em geral , a sensibilidade para canalizar
> recursos , financeiros e de pessoal , para a pesquisa com esta oleaginosa
> , iniciando-se com a montagem de um amplo banco de germoplasmas de tipos ,
> entradas ou acessos , de varias localidades do Brasil e do exterior e sua
> caracterização agronômica e química , para depois se pensar em plantios
> comerciais , em grandes áreas .
>
> REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
>
> ARRUDA , F. P. de ; BELTRÃO , N. E . de M. ; ANDRADE , A. P. de ;
> PEREIRA , W. E . ; SEVERINO , L. S . Cultivo do pinhão manso ( Jatrofa
> curcas L. ) como alternativa para o semi-árido Nordestino. Revista
> Brasileira de Oleaginosas e Fibrosas. , Campina Grande , PB . v.8 , n. 1 ,
> p. 789-799 , jan-abril , 2004.
>
> CORTESÃO , M . Cultura tropicais . Plantas oleaginosas , coqueiro , rícino
> , purgueira e aleurites. Lisboa , Portugal , Livraria Clássica Editora.
> 1957. p. 163-180.
> HELLER , J . Physic nut. Jatrofa curcas L. Promoting the conservation and
> use of underutilized and neglected . 1. Institute of Plant Genetics and
> Crop Plant Research. Gaterleben / International Plant Genetic Resources
> Institute , Rome. 1906. 66 p.
>
> SATURNINO , H . M. ; PACHECO , D. D. ; KAKIDA , J. ; TOMINAGA , N . ;
> GONÇALVES , N. P. Cultura do pinhão -manso ( Jatrofa curcas L. ) . Informe
> agropecuário , Belo Horizonte , v. 26 , n. 229 , p. 44 - 78 , 2005.
>
>
> CAMPINA GRANDE , PARAÍBA , 24 DE JANEIRO DE 2006 .
>
> Napoleão E. de Macêdo Beltrão
>
>
> www.mda.gov.br/saf/arquivos/0705910897.doc
>
>
>
>
> _______________________________________________
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