[oleo-l] Res:Re: Pinhão -Manso

Anselmo Chaves anselmochaves em yahoo.com.br
Segunda Junho 11 10:29:21 BRT 2007


Olá a todos,
   
  Gostaria de saber por quê "uma associação civil de pequenos produtores funcionará melhor do que uma cooperativa"?
   
  Obrigado
  

Instituto Serrano Neves <serrano em serrano.neves.nom.br> escreveu:
  Formação do COMITÊ DA BACIA DO ALTO TOCANTINS
http://www.serrano.neves.nom.br/conBSB/conBSB.htm

O governo necessitaria de aprender a lidar com "sociedade civil organizada" e deixar de lado os modelos que não deram resultado.

No caso da agricultura familiar - na qual eu também aposto - uma associação civil de pequenos produtores funcionará melhor do que uma cooperativa, e terá o mesmo apoio dos órgãos técnicos governamentais.

Os pequenos agricultores não podem ser vinculados a financiamentos e precisam de tecnologia de fácil assimilação e manejo, bem como - este é o ponto crítico - de organização para a comercialização local contínua.

Já conversei com comerciantes de hortifrutigranjeiros que aceitaram comercializar "em consignação". A idéia é que o produtor entregue a mercadoria selecionada na banca e recolha o impróprio para o comércio, enquanto que o comerciante apenas vende. Neste modelo é possível aumentar as margens de ambos. O produtor deverá ter destino para o produto recolhido mas poderá controlar a disponibilização para evitar perdas de banca.

Bem, onde entra o "biodiesel" ou o cultivo de oleaginosas neste esquema? Entra pela prensa que a associação adqurirá para produzir óleo vegetal a ser usado nos tratores e veículos de transporte, barateando os custos e podendo até gerar excedentes comercializáveis.


Saudações sócio-ambientais
Serrano Neves
serrano em serrano.neves.nom.br

Amigo do Lago da Serra da Mesa 
http://www.serrano.neves.nom.br



------------- Segue mensagem original! -------------

De: Jorge Gerônimo Hipólito 
Data: Sun, 10 Jun 2007 11:49:20 -0300
Para: 
Assunto: [oleo-l] Res:Re: Pinhão-Manso



Caríssimos,





Eu sou favorável ao desenvolvimento da "agricultura familiar" e, nesse sentido acredito que o investimento na produção do biodiesel a partir do pinhão manso, poderia nos conduzir ao êxodo urbano, isto é, haveria possibilidade de se inverter o êxodo rural, ocorrido a partir da década de cinquenta, do século vinte, óbvio! Por isso quero acreditar muito em cada participante dessa lista de discussão, pois vislumbro a possibilidade de influenciarmos o governo a empreender nesse sentido, uma vez que culminaria na melhoria da qualidade de vida e atenderia em parte a demanda do emprego. 



Jorge Gerônimo Hipólito


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Embrapa avalia potencial do pinhão manso para biodiesel 

- Fonte: Embrapa 

segunda, 23 abril 2007 

O óleo produzido a partir da semente de pinhão manso é semelhante ao do diesel extraído do petróleo. As propriedades encontradas no biocombustível atendem às especificações que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) para o petrodiesel. 



Esta qualidade destaca a espécie para integrar o time de plantas oleaginosas que irão compor o programa de produção de combustível vegetal na região seca do Nordeste. É uma planta de grande potencial, assegura o pesquisador José Barbosa dos Anjos, da Embrapa Semi-Árido. 



Diante do regime irregular de chuvas do sertão nordestino o pinhão manso tem uma vantagem única dentre outras plantas oleaginosas: é a única com ciclo produtivo que se estende por mais de 40 anos. A mamona, que produz um óleo essencial com uso em mais de 400 produtos da indústria química, precisa ser replantada a cada um ou dois anos - a depender da quantidade de chuvas. 



O pinhão também se adapta bem a solos de pouca fertilidade, bastante comuns na região. O rendimento do óleo na semente do pinhão é de 30 a 40% - abaixo da mamona, que pode render algo entre 45% e 50%. No entanto, como o agricultor não terá necessidade de plantar novamente a cultura por mais de 40 anos, o custo de produção fica bastante reduzido. Estas características favorecem sua produção em escala de grande produção quanto a das pequenas propriedades dos agricultores familiares, ressalta o pesquisador Marcos Antonio Drumond, da Embrapa Semi-Árido. 



Convivência e negócios - Atualmente, ao lado da mamona, há uma forte demanda da iniciativa privada e de instâncias dos governos federal, estadual e municipal por informações acerca do sistema de produção do pinhão nas condições de sequeiro do Nordeste. Em Jacobina, 350 km de Salvador (BA), está em fase de instalação um projeto que prevê implantar 1000 ha desta oleaginosa para fins de produção de óleo combustível. 



Em outro empreendimento privado, a empresa Biodiesel do Vale do São Francisco, sediada em Petrolina, a 750 km de Recife, irá processar biodiesel a partir de mamona e pinhão manso. Esta empresa é recém adquirida pelo grupo português, que atua no setor energético. Na área pública, a Petrobrás estuda o uso da planta em usina que pretende instalar na cidade mineira de Montes Claros com capacidade de processar até 40 milhões de litros por ano. 



Com um olho na convivência com o semi-árido e outro na participação dos agricultores familiares no programa do biodiesel do Governo Federal, a prefeitura do município baiano de Andorinhas, acerca de 400 km de Salvador, também avalia seriamente o emprego do pinhão manso num projeto de diversificação produtiva para pequenas propriedades de 2 ha. A oleaginosa deverá ser plantada em consórcio com uma forrageira (capim bufel) em áreas onde o solo não é adequado para o cultivo da mamona. A prefeitura quer aumentar a capacidade suporte alimentar para os rebanhos caprinos, que são a base da economia do município, e estar em condições de integrar iniciativas de produção de biocombustíveis, afirma o Técnico em Agropecuária Sivaldo da Silva Gomes, da prefeitura. 



Pesquisa - Para Marcos Drumond se assiste hoje, de certa forma, uma corrida pelo cultivo de pinhão manso no semi-árido. Ele, contudo, salienta que as pesquisas com a planta na região ainda são bem recentes e é preciso ser prudente e buscar as informações técnicas já disponíveis para que não se venha a montar sistemas de produção insustentáveis. Os pesquisadores da Embrapa estão realizando testes com a cultura em campos experimentais dos municípios de Petrolina (PE), Araripina (PE), Senhor do Bonfim (BA) e Nossa Senhora da Glória (SE). 



Testes conduzidos em área do Escritório de Petrolina da Embrapa Transferência de Tecnologia apontam a possibilidade de uma safra de 200-250 kg por hectare já aos primeiros 6-7 meses após o plantio. É um resultado surpreendente, afirma Marcos. Em registros de produção de países como Índia e Tailândia, onde o pinhão manso é utilizado para processamento de biodiesel, a colheita do pinhão se dá apenas um ano após o cultivo e alcança, no quarto ano a estabilidade de produção em torno de 1000 a 2000 kg/ha. 



Marcos acredita que produção no semi-árido deve atingir esta marca também. E, afirma, como o agricultor só vai precisar investir uma vez na implantação da cultura, é um índice de produtividade que pode ser considerada excelente nas condições do regime de chuvas irregular do semi-árido nordestino, destaca o pesquisador. Sob irrigação, o pesquisador estima que safra por hectare pode chegar a dobrar (2000 a 4000 kg/ha). 



Colza - O pesquisador José Barbosa dos Anjos destaca outra importante qualidade do pinhão manso. Segundo ele, o óleo da semente desta planta é parecido com o da colza, uma variedade de couve e da mesma família da canola, e que é muito usado na indústria química da Europa. 



http://www.pinhaomanso.com.br/noticias/jatropha/r1_embrapa_avalia_potencial_pinhao_manso_biodiesel_23_04_07.html





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