[oleo-l] biodiesel X energia

mary ribas mrr_ribas em hotmail.com
Domingo Junho 24 15:05:01 BRT 2007


19/06/2007 - 12h06
Ambiente: Portugal avança na energia renovável

Por Mario de Queiroz, da IPS

Lisboa, 19/06/2007 – Durante décadas Portugal olhou de rabo de olho as 
infinitas possibilidades que lhe proporciona sua geografia privilegiada para 
produzir energia limpa. Mas agora a situação começa a mudar e este país se 
coloca entre os que mais apostam nas fontes alternativas. O sol mais 
abundante da Europa, os fortes ventos do oeste, os caudalosos rios e as 
imensas ondas do oceano Atlântico foram elementos tradicionalmente ignorados 
por um país que sempre optou por investir boa parte de sua renda no 
pagamento da conta do petróleo.

Portugal já é atualmente, com vários projetos em vias de execução, uma das 
nações com a meta mais elevada entre os 27 membros da União Européia quanto 
à intenção de ter, até 2015, 45% da energia elétrica produzida a partir de 
fontes renováveis. Desde que assumiu o poder em março de 2005, o governo 
socialista fixou a ambiciosa meta de recuperar um atraso de décadas nesta 
área. As condições políticas eram notoriamente favoráveis, já que nessa data 
assumiu com chefe do poder Executivo José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, 
um político que em sua juventude se empenhou nas causas ambientais.

Apesar de ser um ferrenho defensor da contenção do déficit do orçamento 
geral do Estado em áreas tão sensíveis como a educação e a saúde, Sócrates 
faz vista gorda quando se trata do meio ambiente, ao aprovar vultosos 
investimentos em energia eólica, hídrica, solar e até das ondas do oceano, 
tecnologia na qual Portugal é pioneiro no mundo. Estimativas do presidente 
da Associação de Empresas de Energia Renováveis, Antonio Sá da Costa, 
divulgadas no último dia 6 pela revista mensal Economia, do jornal Público 
de Lisboa, a meta de energia eólica instalada até 2012 será de 5.700 
megawatts (MW), a produzida pelas ondas de 250 MW, e a hídrica ficará em 
6.200 MW em 2015.

Costa prevê que em 2020, com os investimentos previstos em energia eólica, 
hídrica e de ondas, Portugal poderá alcançar a meta de 60% de uso de energia 
renovável. Tudo isto sem contar com a imensa obra do vale de Baldio das 
Ferrarias, nas proximidades da cidade de Moura, onde se constrói a maior 
central de energia solar do mundo, aproveitando a disponibilidade de 2.550 
horas de sol por ano, como disse às IPS seu prefeito, José Maria 
Pos-de-Mina.

Esta central custará US$ 338 milhões e ocupará uma área de 114 hectares, 
onde estão sendo instalados 350 mil painéis solares. Em maio de 2008 
começará a produzir 62 MW “e, com isso, reduzirá emissões de dióxido de 
carbono em 87,5 mil toneladas”, destaco Pos-de-Mina. “Com 62 milhões de 
watts, nossa central terá uma dimensão 12 vezes superior à da maior central 
solar do mundo atualmente, que fica na Alemanha e produz apenas cinco MW”, 
acrescentou o prefeito desta comarca tradicionalmente pobre e com tendência 
a ser despovoada e que agora vê sua oportunidade de reverter os dois 
fenômenos, porque, como explicou à IPS, “estamos diante de uma obra sem 
paralelo no mundo”.

Pos-de-Mina, um prefeito comunista que reconhece mover-se com desenvoltura 
“no mundo tentacular do mercado global”, fundou a empresa Amper, controlada 
em 88% pelo município de Moura, como autora do projeto, o qual depois vendeu 
por uma soma não revelada à empresa espanhola Acciona, uma das líderes 
mundiais no campo das energias renováveis. Na fase atual, já está em 
funcionamento a fabricação e montagem de módulos de tecnologia fotovoltaica, 
baseada em materiais semi-condutores que permitem a transformação direta da 
radiação solar em energia elétrica, um sistema que teve um auge na década de 
70 por causa da crise do petróleo que marcou essa época.

Mas até que a central de Moura comece a operar com os primeiros 240.240 
painéis em dezembro próximo, como Portugal conta desde fevereiro com a maior 
central solar do mundo, com capacidade para abastecer com “energia limpa” 
cerca de oito mil domicílios. Trata-se da
(CSS), que fica na mesma zona ensolarada do sul do país. A CSS representa 
investimento de US$ 80 milhões, correspondentes ao custo dos 32 hectares 
cobertos por 52 mil painéis solares fotovoltaicos, com capacidade instalada 
de 11 MW.

Segundo o engenheiro italiano Piero dal Maso, executivo da Catavento, a 
empresa portuguesa que desenvolveu o projeto, a central produzirá 20 
gigawatts/hora de energia por ano, o suficiente para economizar mais de 30 
mil toneladas de emissões de gases causadores do efeito estufa. Esta central 
produzirá energia limpa para a rede elétrica nacional durante os próximos 15 
anos, em uma colaboração entre Catavento, que administrará a central, a 
firme norte-americana General Electric, financiadora e proprietária, e a 
Powerlight, principal empresa mundial abastecedora de energias alternativas.

Quanto à energia eólica, após várias décadas em que se fazia de conta que o 
vento não soprava, a situação mudou radicalmente e no final de 2006 já havia 
1.055 aerogeradores operando no país, equivalentes a 59% da meta traçada 
para 2010, e este ano a construção segue num ritmo bom, estimando-se que 
serão acrescidas 536 novas unidades. Até o final do ano passado a potência 
eólica emanada das turbinas era fixada em 2.779 MW, isto é, mais da metade 
dos 5.100 MW imposta para 2012.

Por outro lado, em Aguçadoura, na costa norte de Portugal, desde outubro 
passado 2,25 MW de energia produzida pelas ondas do oceano chegam à terra 
por meio de um cabo submarino, ajudando a alimentar a rede nacional da 
distribuição da estatal Eletricidade de Portugal. Uma quantidade modesta de 
energia, mas sua importância é ser a primeira central energética do mundo 
que usa as ondas do oceano como fonte de energia renovável, com um potencial 
de desenvolvimento futuro imprevisível dentro do desenvolvimento das fontes 
alternativas, sejam estas hidráulicas, fotovoltaicas, eólicas, geotérmicas e 
de biomassa.

Dessa forma, Portugal assume o papel pioneiro no uso das ondas, que, de 
acordo com as previsões dos especialistas, em todo o planeta pode chegar nos 
próximos 40 anos a um volume de negócios anuais de US$ 50,5 bilhões. Uma 
soma considerável se levando em conta que equivale a 30% do atual produto 
interno bruto de Portugal, US$ 166,450 bilhões em 2006. E Lisboa estaria em 
condições de conquistar 10% do mercado mundial desta tecnologia. 
(IPS/Envolverde)





>From: "Luiz Tonin" <luiztonin em yahoo.com.br>
>To: <serrano em serrano.neves.nom.br>, <oleo-l em rumba.ufla.br>
>Subject: Re: [oleo-l] biodiesel X energia
>Date: Fri, 22 Jun 2007 15:33:19 -0300
>
>Bem,
>
>Não debandei e acompanho com atenção o que passa pela lista.
>
>Muito obrigado pelas informações e reflexões.
>
>Luiz Tonin
>
>Químico
>
>===========================
>----- Original Message -----
>From: "Instituto Serrano Neves" <serrano em serrano.neves.nom.br>
>To: <oleo-l em rumba.ufla.br>
>Sent: Friday, June 22, 2007 1:30 PM
>Subject: Re: [oleo-l] biodiesel X energia
>
>
>Formação do COMITÊ DA BACIA DO ALTO TOCANTINS
>http://www.serrano.neves.nom.br/conBSB/conBSB.htm
>
>Prezado José Antônio,
>
>acho que ficamos só nós dois, cada um numa ponta da corda (rss), ambos
>sofrendo os "esbarros" da cultura arraigada.
>
>Os modelos não formais de que falo, na verdade, não são úteis para o
>biodiesel, ou ainda não são, antes, o biodiesel é que, do ponto de vista da
>função social da propriedade, é que poderia ser útil para tais modelos.
>
>O resto debandou e eu tenho que enfrentar a instalação de uma usina de
>álcool na minha região: os cortadores querem trabalhar com cana queimada 
>que
>rende mais para eles, o usineiro "aceita", mas nós não aceitamos porque já
>temos problemas de saúde bastantes, derivados de queimadas.
>
>Os empresários dizem que não há desenvolvimento sem consumo de recursos e
>nós achamos que a vida humana não é material de consumo.
>
>Será um bom combate. Darei noticias se a lista ainda existir.
>
>
>Saudações sócio-ambientais
>Serrano Neves
>serrano em serrano.neves.nom.br
>
>Amigo do Lago da Serra da Mesa
>http://www.serrano.neves.nom.br
>
>
>
>------------- Segue mensagem original! -------------
>
>De: José Antonio Dermengi Rios <rios em fea.unicamp.br>
>Data: Thu, 21 Jun 2007 14:48:02 -0300 (BRT)
>Para: oleo-l em rumba.ufla.br
>Assunto: Re: [oleo-l] biodiesel X energia
>
>
>Prezado colega Serrano Neves
>Saudações sócio-ambientais
>Prezados Colegas,
>Sem repostas às questões que coloquei abaixo e à outras, corremos o
>risco de conversarmos sobre utopias ou pregarmos no deserto.
>Por exemplo, quais os modelos não formais de negócios que funcionam
>bem e são representativos em economias locais, quais seus
>resultados, seus indicadores de desempenho que vc poderia
>compartilhar conosco e que seriam úteis para o biodiesel?
>Concordamos e, lamento nisso, que mendigar insumos junto ao governo
>como a alternativa mais fácil, ao invés de encarem a produção como
>um negócio é talvez o maior indicador que nós consumidores e
>sócio-ambientalistas não podemos depender destes produtores, pois
>corremos o risco de inviabilizar nossas atividades antrópicas, não
>é?
>Vou dar um exemplo: um dono de banco, de família tradicional
>nordestina, me chamou para dar consultoria no polígono das seca, mas
>me advertiu que o maior obstáculo era que nem com água o habitante
>desta região planta fora do inverno!!!! Agradeci e fugi pois não sei
>se há como mudar tal cultura centenar arraigada em quem tem menos de
>6 anos de escolaridade e nem em quem tem mais.
>Quanto aso demais parágrafos concordo com vc e espero que tenhamos
>contribuições demais participantes na resolução dos problemas
>propostos para não ficarmos com um mico bom só pra MKT
>--
>Abraços e sucessos!
>Prof. Dr. José Antonio Dermengi Rios
>cel.: +55-19-9112.8002
>
>
>On Mon, June 18, 2007 08:09, =?ISO-8859-1?Q?Instituto Serrano
>Neves?= wrote:
>: Formação do COMITÊ DA BACIA DO ALTO TOCANTINS
>: http://www.serrano.neves.nom.br/conBSB/conBSB.htm
>:
>: Não respondi aos questionamentos da mensagem anterior:
>:
>: 1. Existe alguma cooperativa no agronegócio óleo ou ela é
>completamente dominada por transnacionais como Cargill?
>: 2. Existe algum micro ou pelo menos médio produtor de álcool ou
>são todos conglomerados e trasnacionais?
>: 3. Existem casos comprovados no Brasil de agricultores familiares
>de subsistência que se cooperaram e hj são concorrentes no mercado?
>:
>: A resposta para todas é NÃO CONHEÇO.
>:
>: Mas isto não me desanima, vez que existem modelos não formais de
>negócios que funcionam bem e são representativos em economias
>locais.
>:
>: Mantenho contato constante com pequenos agricultores, por exemplo,
>e os vejo mendigar insumos junto ao governo como a alternativa mais
>fácil, ao invés de encarem a produção como um negócio. Junto a
>estes, aqui no entorno, já tentei emancipá-los e esbarrei numa
>espécie na cultura do assistencialismo.
>:
>: É possível que essa cultura tenha se formado ao longo de 500 anos,
>vez que o desbravar e ocupar territórios sempre dependeu mais do
>provimento governamental do que da livre iniciativa.
>:
>: A cidade em que resido (Uruaçu-GO) possui quase todos os elementos
>necessários para sua autonomia de provisões e serviços, e esses
>elementos já fizeram parte de uma economia local que foi desmontada
>pelos atrativos facilitários governamentais que montam estruturas de
>arrecadação de impostos.
>:
>: É mais fácil (e eleitoralmente mais conveniente) subsidiar o
>biodiesel para os pequenos produtores, se for necessário para
>mantê-los "vivos", do que fomentar a emancipação em relação ao
>combustível.
>:
>: Temos na Constituição um modelo de sociedade que não conflita com
>os modelos de negócio, antes, os faz aliados, mas a sua
>implementação implicaria em mudar o modelo, de dominação política
>para participação política, e isto não interessa para o andar de
>cima.
>:
>: Imagino que o propósito desta lista possa ser a "briga de cachorro
>grande" como dizemos por aqui ao nos referirmos às coisas que estão
>acima da desejável participação do povo, mas há uma coisa
>interessante que não posso deixar passar: é que em listas do povo o
>povo está encantado com o biodiesel, de uma forma tão enganada que
>nem aceitam que o balanço de carbono tem saldo zero ou próximo
>disto, embalado que está pela onda do "neutralizar carbono".
>:
>: E desta forma prosseguiremos com o manda quem pode e obedece quem
>tem juízo enquanto o de cima sobe e o debaixo desce.
>:
>: A pesquisa e a tecnologia precisam avançar para que o refinamento
>de energia produza menos energia degradada ou energia ciclável em
>outros processos, mas esses avanços precisam contemplar a
>acessibilidade, sob pena de estarmos construindo uma sociedade
>simplesmente bipartida: assistentes e assistidos.
>:
>: ,,, e la nave va !
>:
>: Saudações sócio-ambientais
>: Serrano Neves
>: serrano em serrano.neves.nom.br
>:
>: Amigo do Lago da Serra da Mesa
>: http://www.serrano.neves.nom.br
>:
>:
>:
>: ------------- Segue mensagem original! -------------
>:
>: De: José Antonio Dermengi Rios <rios em fea.unicamp.br>
>: Data: Sun, 17 Jun 2007 11:17:55 -0300 (BRT)
>: Para: oleo-l em rumba.ufla.br
>: Assunto: Re: [oleo-l] biodiesel X energia
>:
>:
>: Prezado colega Serrano Neves
>: Saudações sócio-ambientais
>: Prezados Colegas,
>:
>: Seria verdade o que está publicado na ultima Revista Pesquisa Fapesp
>: impressa e em:
>: http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=3269&bd=1&pg=2&lg=
>:
>: O Brasil também desenvolve pesquisa sobre o biodiesel desde 1975.
>: Atualmente estão em funcionamento 23 usinas de processamento do
>: biocombustível com capacidade de produção de 964 milhões de litros,
>: destinados à mistura de 2% em todo o óleo diesel no país, que será
>: obrigatória a partir de 2008.
>:
>: Mas ainda há um longo caminho a percorrer no desenvolvimento dessa
>: tecnologia, já que quase todo o biodiesel produzido no Brasil é
>: feito a partir do metanol, que não é considerado propriamente
>: renovável (ver Pesquisa FAPESP nº 134).
>:
>: "Temos que fazer a transição para o biocombustível. Essa é uma
>: tecnologia que não dominamos totalmente", sublinha Silva Dias. Com
>: uma produtividade entre 1,5 mil e 3 mil litros por hectare, o
>: biodiesel é muito menos eficiente que o etanol - entre 6 mil e 8 mil
>: por hectare - e inferior ao de países como a Indonésia, que produz o
>: combustível a partir do dendê, obtendo resultados surpreendentes: 5
>: mil litros por hectare.
>:
>: É preciso dar um "salto na pesquisa e na tecnologia", ele recomenda,
>: e testar, entre outras investigações, o desempenho de palmáceas em
>: grandes áreas, analisando sua real contribuição para a redução de
>: gases de efeito estufa.
>:
>: --
>: Abraços e sucessos!
>: Prof. Dr. José Antonio Dermengi Rios
>: cel.: +55-19-9112.8002
>:
>:
>: On Sun, June 17, 2007 08:22, =?ISO-8859-1?Q?Instituto Serrano
>: Neves?= wrote:
>: : Formação do COMITÊ DA BACIA DO ALTO TOCANTINS
>: : http://www.serrano.neves.nom.br/conBSB/conBSB.htm
>: :
>: : Prezado José Antonio,
>: :
>: : obrigado pela extensa resposta e comentários.
>: :
>: : Sou frequentador anual do Curso de Extensão em Emegia ministrado
>: pelo seu colega Henrique Ortega ai da Engenharia Ecológica, desde
>: 2004.
>: :
>: : Oriundo da área técnica derivei para a área jurídica na qual
>: milito atualmente (Procurador de Justiça Criminal), e meu discurso
>: tem muito de direitos e cidadania, ou mais disso do que de ciência.
>: :
>: : Como autodidata tento fazer construções - tenho alguns trabalhos
>: publicados no site - que conectem a ciência à realidade do interior
>: desse Brasil (moro numa cidade de 33 mil habitantes na qual 47% dos
>: domicílios detém 13% da renda). A cidade faz parte de uma região
>: "rica" (agropecuária e mineração) e não difere da maioria.
>: :
>: : O poder "militar" continuará decidindo o destino do mundo e isto
>: precisa ser mudado. Coisa para algumas centenas de anos se não
>: ocorrer uma espécie de conversão, dai minha insistência em procurar
>: soluções que aliviem a carga sobre o "andar de baixo".
>: :
>: : A "energia negra" pode ser o falado "amor universal", e no plano
>: da humanidade acredito na "compaixão" como a energia que,
>: reconhecida no sistema, produza resultados cientificamente
>: humanizados.
>: :
>: : Estou estudando a teoria dos sistemas socias do Niklas Luhmann e
>: tentando montar os diagramas para encontrar caminho para as energias
>: informação e compaixão.
>: :
>: : Anexo
>: :
>: : Saudações sócio-ambientais
>: : Serrano Neves
>: : serrano em serrano.neves.nom.br
>: :
>: : Amigo do Lago da Serra da Mesa
>: : http://www.serrano.neves.nom.br
>: :
>: :
>: :
>: : ------------- Segue mensagem original! -------------
>: :
>: : De: José Antonio Dermengi Rios <rios em fea.unicamp.br>
>: : Data: Sat, 16 Jun 2007 09:27:46 -0300 (BRT)
>: : Para: oleo-l em rumba.ufla.br
>: : Assunto: Re: [oleo-l] biodiesel X energia
>: :
>: :
>: : Prezado Colega Serrano Neves
>: : Saudações sócio-ambientais,
>: : Prezados demais colegas,
>: :
>: : Os biocombustíveis deverão ser sempre importantes, mas na forma
>: : atual  representam apenas mais um item na economia do Carbono até a
>: : chegada da economia do Hidrogênio.
>: : Atualmente consistem numa troca de 6 por meia dúzia, fóssil por
>: : agrícola, sem necessidade de investimentos nas novas tecnologias do
>: : H2, uma manutenção dos padrões atuais da indústria de automóveis
>com
>: : seus motores a combustão interna. Mais detalhes no estudo do MIT
>: : publicado como livro em: A Máquina que mudou o mundo.
>: : Para o Brasil resta ter de definir quais, quanto e onde investir
>: : recursos neste novíssimo e inédito agronegócio.
>: : Um dos resultados será degradar o meio ambiente, inclusive
>: : antrópico, pra ficar com as migalhas de um produto primário de
>pouco
>: : valor agregado.
>: : Finalmente, o modelo de negócio do biodiesel depende da resposta à
>: : questões como:
>: : 1. Existe alguma cooperativa no agronegócio óleo ou ela é
>: : completamente dominada por transnacionais como Cargill?
>: : 2. Existe algum micro ou pelo menos médio produtor de álcool ou são
>: : todos conglomerados e trasnacionais?
>: : 3. Existem casos comprovados no Brasil de agricultores
>familiares de
>: : subsistência que se cooperaram e hj são concorrentes no mercado?
>: :
>: : Abraços e sucessos!
>: : Prof. Dr. José Antonio Dermengi Rios
>: : cel.: +55-19-9112.8002
>: :
>: :
>: : Comentário aos e mails do Dr Serrano
>: : 1. Não há evidências de que 2% venha a ser um padrão de crescimento
>: : no uso do biodiesel, nem se 2% é bom ou ruim, imaginário ou
>: : fictício.
>: : 2. Não há nenhuma evidência de que, quem decide sobre os futuros do
>: : planeta, considere a análise da questão do uso de combustíveis (e
>: : outras energias)em função da carga que a humanidade exerce sobre o
>: : planeta.
>: : 3. Embora o consumo de recursos não renováveis tem um fim e o
>: : consumo de recursos renováveis tem ciclos de renovação que desafia
>: : os tempos humanos, não é este o caso da maioria dos recursos
>: : renováveis de pedra a ouro, passando pelo petróleo, mas sobre o
>qual
>: : existe uma série de hipóteses como a Hubert. Não esqueça do alerta
>: : de Lord Keynes: no futuro todos estaremos mortos por isso pensemos
>: : no agora e no curto prazo de nossas vidas.
>: : Para minha surpresa li matéria nesta sexta no Valor Econômico dando
>: : conta de que há mais de um século de petróleo viável dentro da
>: : economia atual nas reservas de xisto dos EUA bem como no Brasil que
>: : tem uma das maiores reservas de xisto do mundo, tudo isso a um
>custo
>: : ambiental enorme, mas veja item 1 acima.
>: : 4. Concordo com V. Sa. de que a maior verdade em questão é que a
>: : mudança do combustível fóssil para o renovável pouco resultado
>: : produzirá - ainda que realizada na totalidade - se não forem
>mudados
>: : os padrões de consumo, mas isto não significa parar de consumir,
>mas
>: : produzir menos energia degradada.
>: : Para se ter uma idéia:
>: : - o lixo urbano produzido pelos seres humanos varia de 0,7 até 1,5
>: : kg, dependendo do padrão de consumo.
>: : - apenas <1% do total é água doce disponível, embora precisemos de
>: : 2.000 metros cúbicos por pessoa/ano.
>: : - 26 países, abrigando 250 milhões de pessoas, já foram
>oficialmente
>: : declarados pela ONU como áreas de escassez crônica de água.
>: : 5. Gostaria de receber uma cópia do "Consenso da América Latina"
>: : apresentado na IV Bienal Internacional de Estudos Avançados sobre
>: : Energia, que aconteceu na FEA-UNICAMP em 2004, sobre o qual
>: : deconhecia a importância mesmo sendo professor da FEA.
>: :
>: :
>: : _______________________________________________
>: : oleo-l mailing list
>: : oleo-l em rumba.ufla.br
>: : http://rumba.ufla.br/mailman/listinfo/oleo-l
>: :
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>: oleo-l mailing list
>: oleo-l em rumba.ufla.br
>: http://rumba.ufla.br/mailman/listinfo/oleo-l
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>_______________________________________________
>oleo-l mailing list
>oleo-l em rumba.ufla.br
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>_______________________________________________
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