[oleo-l] Fw: Integrar energias é a solução
Marcio Augelli
canis_latrans em uol.com.br
Quarta Junho 13 18:29:10 BRT 2007
----- Original Message -----
From: "Marcio Augelli" <canis_latrans em uol.com.br>
To: "José Antonio Dermengi Rios" <rios em fea.unicamp.br>
Sent: Wednesday, June 13, 2007 6:28 PM
Subject: Re: Integrar energias é a solução
> Prezado Professor José Antonio
>
> A única maneira de se comprovar o real balanço enérgetico é da maneira que
> falei: o Ministério da Agricultura permitir o acesso a informações sobre
> a soja, girassol, etc, assim como as usinas que processam cana abrirem sua
> caixa preta. Se realmente o balanço enérgetico é favorável, por que eles
> não fazem isso? mas, é óbvio, os dados têm que ser confiáveis. Em caso
> contrário, eu desafio quem quer que seja para um debate público sobre o
> assunto. Afirmar que a relação no balanço do álocol é de 10:1, como
> pesquisadores da ESALQ afirmaram na Folha, eu acho um acinte. Se
> empatasse, já estaria de bom tamanho.
> Percebo, nas pessoas que compoem este grupo de discussão, uma grande
> torcida para que os "biocombustíveis" venham pra ficar, como se o Oriente
> Médio fosse mudar pra cá, mas não é assim.
> A gente deve andar com os pés no chão, o aquecimento global é uma
> realidade.
> Qualquer discussão a respeito de "biocombustíveis", na minha opinião,
> perde o valor se não se tem a comprovação que eles contribuirão para
> diminuir o impacto ambiental do Homem na Natureza.
> Se concederem as informações necessárias, poderíamos até calcular juntos,
> e com todo o grupo de discussão acompanhando. Fica a sugestão.
> Um abraço,
> Prof. Dr. Marcio Augelli
>
>
> ----- Original Message -----
> From: "José Antonio Dermengi Rios" <rios em fea.unicamp.br>
> To: "Marcio Augelli" <canis_latrans em uol.com.br>
> Cc: "José Antonio Dermengi Rios" <rios em fea.unicamp.br>;
> <oleo-l em rumba.ufla.br>
> Sent: Wednesday, June 13, 2007 4:24 PM
> Subject: Integrar energias é a solução
>
>
> Prezado Colega Prof. Dr. Marcio Augelli
> Ceio que me expressei mal.
> Eu possuo comunicações privadas e não são apenas estas que existem.
> Creio que por intermédio de uma criteriosa revisão bibliográfica o
> senhor deve encontrar os mesmos resultados divulgados pelos mesmos
> autores, ou membros de suas equipes.
> Há tb o resultado sigiloso, não publicáveis por questões óbvias, de
> pesquisas do antigo CTC das quais tb tenho resultados que comprovam
> que o balanço do Etanol é positivo sim.
> Do biodiesel nada do que conheço até o momento é positivo, salvo
> aspectos que fogem ao escopo desta lista tais como a eleição do Lula
> e demais benesses a apadrinhados e afilhados.
> Concordo com o senhor que o biodiesel não é a solução definitiva,
> tanto é que publiquei o artigo abaixo há alguns anos, que submeto à
> sua reflexão, bem como dos demais colegas da lista, com a devida
> anuência docoordenador:
> JOSÉ ANTONIO DERMENGI RIOS, Gazeta Mercantil/RJ, 02 de Julho de 2001
>
> Durante a evolução da sociedade para a busca de seu bem-estar,
> tornou-se imperativo o uso da energia. Nos tempos modernos, as
> fontes de energia são recursos imprescindíveis para que exista uma
> economia, pois delas dependemos para que, minimamente se faça a luz,
> e se movam tantos outros aparelhos e máquinas, nos quais está
> baseada a sociedade moderna e, felizmente, dentro da qual nós
> brasileiros nos encontramos.
>
> No Brasil de antigamente, e não tão antigamente assim, as fontes de
> energia mais comuns eram: a lenha, os animais e quem sabe até óleo
> de baleia para os candeeiros. Como em tantos outros países, ditos
> emergentes, ocorreram evoluções e, entre elas, a substituição das
> fontes da era pré-industrial pelo o uso de fontes não renováveis
> como as fósseis - petróleo e mais recentemente gás natural,
> importado da Bolívia, ao lado do nacional.
>
> Porque Deus é brasileiro, tivemos a Graça de poder contar ainda com
> caudalosos rios e seus desníveis, que nos abençoaram com as
> hidroelétricas, fonte renovável, não poluente, a água, cuja
> disponibilidade para o uso só depende tecnologicamente de duas
> torneiras: a de São Pedro e a dos homens que controlam os
> reservatórios.
>
> Para que possamos imitar Deus, cujas disponibilidades de recursos
> são infinitas, e que possamos fazer a luz, é necessário, portanto,
> não só gastar energia, mas, contrariamente a Deus, temos de,
> principalmente, saber gerenciar o uso dessa energia, como de
> qualquer recurso. Tenho preconizado que Gerenciar é saber-se alocar
> recursos.
>
> Gerenciar é saber, no mínimo, em quaisquer situações prever a
> necessidade de recursos, antecipando-se a elas. Outro ponto
> importante é utilizar os recursos disponíveis da melhor maneira para
> evitar-se o esgotamento ou a falta dos recursos necessários à
> execução das tarefas imprescindíveis.
>
> É importante preparar o futuro para a implantação de melhorias. Em
> resumo, por mais recursos que se tenha, não se pode negligenciar
> nunca o gerenciamento, sob pena de fracasso.
>
> Esta é a base do raciocínio de um profissional da área energética.
> Onde fica então a luz no fim do túnel?
>
> A melhor resposta que obtive, após mais de 30 anos trabalhando,
> pensando e estudando foi a gestão dos processos. Nela, no pensamento
> sistêmico e no pragmatismo dos filósofos americanos, encontrei a
> base necessária para aplicar estes princípios em todas as atividades
> das empresas, e para a formatação e criação há seis anos de um curso
> de especialização, modelo para todas as atividades empresariais.
>
> Aplicando-se então o princípio de gerenciamento, deve-se
> urgentemente prever a necessidade de integrarmos os usos de ENERGIAS
> alternativas, além de utilizar os recursos hídricos disponíveis para
> a satisfação de necessidades seletivas e que mais agreguem valor à
> população.
>
> Preparar um futuro em que os usos da energia sejam vinculados à sua
> disponibilidade é essencial, assim como se faz na lei de
> responsabilidade fiscal com os recursos monetários.
>
> Esses princípios poderiam e, talvez, deveriam, ser estendidos a
> todos os recursos escassos como água e ar. Só assim, com um mínimo
> de planejamento estratégico e, principalmente, gerenciamento
> poderemos eliminar aquilo que hoje nos tem sido um dos mais caros
> recursos: o risco Brasil.
>
> Em casos específicos e particulares, provocados por causas
> especiais, como dizemos no gerenciamento pela Qualidade Total,
> podemos utilizar métodos de análise e solução de problemas que são
> técnicas excelentes e que deveriam ser utilizadas freqüente e
> constantemente para correção de imprevistos
>
> É dentro dessa nova lógica de organização que os profissionais que
> trabalham com a energia em particular deveriam desenvolver suas
> atividades.
>
> Para cada uso final, a solução do bom profissional deve ser iniciada
> por uma dedicada definição do conjunto de possibilidades e
> alternativas, um acurado levantamento de custos e financiamentos
> disponíveis, para finalmente uma tomada de decisão que, mesmo
> podendo ser intuitiva, possa também ser baseada tanto quanto possa
> ser, nos princípios de gerenciamento.
> ________________________________________
> José Antonio Dermengi Rios, Doutor em energética pela 'Université
> Pierre et Marie Curie' em 1985, Coordenador Acadêmico dos cursos de
> Gestão de Processos da UNICAMP. E-mail: jadrios em uol.com.br
> --
> Abraços e sucessos!
> Prof. Dr. José Antonio Dermengi Rios
> cel.: +55-19-9112.8002
>
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